MONIQUE KESSOUS - LIVERPOOL BOSSA

Músicas :
01. Yesterday
02. Hey Jude
03. Till There Was You
04. In My Life
05. Here, There And Everywhere
06. A Hard Day's Night
07. She Loves You
08. If I Fell
09. The Fool On The Hill
10. With A Little Help From My Friends
11. Michelle
12. Come Together
13. Me and Mrs. Jones
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A História da Bossa Nova


O Quarteto Serenata, com Dalva de Oliveira num programa de rádio

O cantor e pianista Dick Farney, um dos precursores da MBP, anterior à Bossa Nova A história da Bossa Nova é a história de uma geração. Uma geração de jovens artistas brasileiros que acreditaram no futuro e conseguiram realizar o sonho de levar sua música aos quatro cantos do mundo.
As primeiras manifestaçôes do que viria a ser conhecido como Bossa Nova ocorreram na década de 50, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ali, compositores, instrumentistas e cantores intelectualizados, amantes do jazz americano e da música erudita, tiveram participação efetiva no surgimento do gênero, que conseguiu unir a alegria do ritmo brasileiro às sofisticadas harmonias do jazz americano.

Ao se falar de Bossa Nova não se pode deixar de citar Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Candinho, João Gilberto, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, Baden Powell, Luizinho Eça, os irmãos Castro Neves, Newton Mendonça, Chico Feitosa, Lula Freire, Durval Ferreira, Sylvia Teiles, Normando Santos, Luís Carlos Vinhas e muitos outros.

Todos eles jovens músicos, compositores e intérpretes que, cansados do estilo operístico que dominava a música brasileira até então, buscavam algo realmente novo, que traduzisse seu estilo de vida e que combinasse mais com o seu apurado gosto musical.

Impossível precisar quando a Bossa Nova realmente começou. Mas é certo que o lançamento, em 1958, dos discos Cançâo do Amor Demais, com Elizeth Cardoso interpretando composições de Tom e Vinicius, e Chega de Saudade - 78 rpm, com o clássico de Tom e Vinicius de um lado e Bim-bom, de João Gilberto, do outro -, nos quais João surpreendeu a todos com a nova batida de violão, foi o resultado de vários anos de experiências musicais. Experiências empreendidas não só por João mas por toda a turma que se encontrava nas famosas reuniões na casa de Nara Leão.
Após o lançamento, em 1959, do primeiro LP de João Gilberto, também chamado Chega de Saudade, a Bossa Nova rapidamente se transformou em mania nacional e em poucos anos conquistou o mundo.
Mas bem antes disso o Rio de Janeiro já vivia um raro momento de florescimento artístico, como poucas vezes se viu na história da cultura nacional. Não é à toa que os anos 50 são conhecidos como os "anos dourados". O Brasil vivia então um período de crescimento econômico que acabou se refletindo em todas as áreas. Em 1956, Juscelino Kubitschek tomou posse na Presidência da República com o slogan desenvolvimentista "50 anos em 5".

No mesmo ano, foram lançados os romances 0 Encontro Marcado, do mineiro Fernando Sabino, e Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, dois importantes marcos na história da literatura brasileira. Paralelamente, surgia na poesia um movimento inspirado no concretismo pictórico, cuja maior característica foi a valorização gráfica da palavra e do qual participaram nomes como os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Ferreira Gulíar, entre outros.

Em 1957, estreava o filme Rio Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos, um dos primeiros representantes do que viria a ser chamado Cinema Novo. Em 1958, a Seleção Brasileira de Futebol conquistava sua primeira Copa do Mundo, derrotando a seleção sueca por 5 a 2 e levando o povo brasileiro a cantar alegremente "A copa do mundo é nossa Com brasileiro não há quem possa". Também em 1958, Jorge Amado lançava Gabriela Cravo e Canela e Gianfrancesco Guarnieri estreava no Teatro de Arena de São Paulo Eles Não Usam Blacktie, um marco na linguagem do teatro brasileiro.

Em 1959, era lançado o movimento neoconcreto nas artes plásticas, do qual fizeram parte Lygia Clark, Hélio Oiticica e Lígia Pape, entre outros. Em 1960, Juscelino Kubitschek inaugurava a nova capital do país, Brasília, que possivelmente teve a primeira música de Bossa Nova em sua homenagem, composta por Chico Feitosa. Billy Branco havia feito um sambinha jocoso, Não Vou, Não Vou Pra Brasília, e Chico musicou uma letra que falava da vida na nova cidade. O tema, chamado Paranoá, nunca foi gravado, mas encontra-se preservado numa gravação particular feita na época, com o próprio Chico Fim de Noite cantando. Foi neste contexto que surgiu o movimento que viria a revolucionar não só a música brasileira mas toda a produção musical internacional.

Ainda nos anos 40, a grande novidade musical foi o lançamento, em 1946, de Copacabana um samba-canção de João de Barro e Alberto Ribeiro, gravado pelo cantor Dick Farney com claras influências da música americana. A composição foi a precursora do que se chamou samba moderno, cujos grandes intérpretes foram o próprio Dick Farney e Lúcio Alves.

A suposta rivalidade destes dois grandes cantores era alimentada pela imprensa e por seus fã-clubes. No início dos anos 50, eram eles, com suas vozes aveludadas, os maiores ídolos da juventude brasileira. Ao lado de Ary Barroso, Johnny Alf, Garoto, Dolores Duran, Luiz Bonfá e Tito Madi, entre outros, influenciaram decisivamente a formação da geração que se consagraria através da Bossa Nova.
Na área de composição, quem mais havia ousado era o romântico Custódio, morto precocemente aos 35 anos, em 1945, autor de Mulher, Velho Realejo e Saia do Caminho, seu maior sucesso, e Noturno, composição de harmonia muito elaborada, de bela linha melódica e considerada, na época, um verdadeiro teste de interpretação para qualquer cantor ou cantora.
Custódio, que compôs cerca de 700 canções, gravadas pelos grandes nomes da época, como Orlando Silva e Sílvio Caídas, já tentava misturar os recursos do jazz e da música erudita aos elementos da música brasileira.

Também era moderno gostar de conjuntos vocais como os Garotos da Lua, do qual João Gilberto foi crooner, e os Quitandinha Serenaders, que contavam com Luiz Bonfá ao violão. Ou ainda Os Cariocas, então em sua formação original: lsmael Netto, Severino Filho, Badeco, Quartera e Valdir. Todos eles também demonstravam uma sensível influência da música americana, mais elaborada e de uma certa forma mais elegante.

Dick Farney, nome artístico de Farnésio Dutra da Silva, chegou a ser apelidado de "o Frank Sinatra brasileiro", tal a qualidade de sua voz. Logo após o lançamento de Copacabana, Dick, um apaixonado pela música americana, especialmente por Sinatra, Mel Tormé e Dick Haymes, embarcou para os Estados Unidos a fim de tentar a carreira por lá, cantando também em inglês.

Em 1948, o cantor voltou ao Brasil, mas sua carreira já estava irremediavelmente influenciada pela música americana. Nos anos seguintes ele gravaria sucessos como Marina e Alguém Como Tu. No verão de 1949, foi fundado na Rua Dr. Moura Brito, na Tijuca, o primeiro fã-clube do Brasil: o Sinatra-Farney Fã-Clube, do qual faziam parte nomes como Johnny Alf, João Donato e Paulo Moura. Lá, além de ouvir fervorosamente sucessos de seus dois ídolos, eles também começavam a "arranhar" os seus instrumentos. Voltando para a América, Dick tornou-se amigo dos mais conhecidos instrumentistas do jazz como Dave Brubeck, uma de suas principais influências no piano.

Na década de 50, já amigo de diversos músicos americanos e com respeitado conceito entre eles, Dick Farney tocava no Peacock Alley, um requintado bar do hotel Waldorf Astoria, em Nova York. Como os frequentadores do bar em sua maioria não falavam português, Dick apresentava a música Copacabana com uma versão em inglês. Na época, Ipanema ainda não era cantada em prosa e verso, sendo o bairro de Copacabana o verdadeiro cartão-postal do Rio de Janeiro, o que despertava a curiosidade, na letra em inglês, da canção que havia sido no Brasil um grande sucesso do cantor.

Numa viagem ao Rio, em 1958, Dick deu um memorável concerto de jazz no auditório do jornal O Globo, apresentando-se com o baixista Xu Viana e o baterista Rubinho. Entre os temas de jazz, tocou sua versão de Copacabana com a letra em português e inglês, o que foi o sucesso da noite. O concerto foi gravado ao vivo e virou um LP no qual curiosamente a faixa Copacabana não se encontra. Dick Farney foi um dos primeiros cantores a procurar uma nova maneira de interpretar o samba. "Por que não existe um samba que a gente possa cantarolar no ouvido da namorada?", perguntava ele.

Logo em seguida, uma turma de adolescentes do Flamengo resolveu criar o Dick Haymes-Lúcio Fan Club, para homenagear o fundador do grupo Namorados da Lua. Lúcio Ciribelli Alves, nascido em Cataguases, Minas Gerais, também era um amante da música americana, principalmente do jazz, que começou a ouvir ainda criança, na Tijuca. Estimulado pela família, Lúcio participou de um programa infantil na Rádio Mayrink Veiga, Bombonzinho. Deste, passou para o Picolino, na mesma rádio. De lá foi para a Rádio Nacional, onde, no programa Em Busca de Talentos, ganhou o primeiro prêmio. Daí em diante, Lúcio não parou mais de cantar. Fã de conjuntos vocais como Pied Pipers, Moderneer's e Starlighter's, aos 14 anos fundou o grupo Namorados da Lua, do qual era crooner, violonista e arranjador. Com o grupo vocal, inscreveu-se no programa de calouros de Ary Barroso, conseguindo o primeiro lugar. A partir daí, os Namorados gravaram mais de 40 discos em 78 rotações e apresentaram-se em cinemas e cassinos durante alguns anos.

Em 1947, Lúcio foi convidado para integrar, em Cuba, o grupo Anjos do Inferno. De lá, com o grupo, foi para os Estados Unidos, onde, assim como Dick Farney, também muito aprendeu. Logo Carmen Miranda convidava os Anjos para acompanhá-la. Lúcio, no entanto, preferiu abandonar o grupo e voltar para o Brasil, encantando seus fãs com sucessos como Foi a Noite, De Conversa em Conversa e Sábado em Copacabana.

Apesar das inovações na área de interpretação, trazidas principalmente das experiências de Lúcio Alves e Dick Farney no exterior, no início dos anos 50, as músicas consideradas modernas eram do tipo dor de cotovelo, embora com as harmonias já mais trabalhadas, como em Ninguém Me Ama, do lendário jornalista Antonio Maria. Muito ligada à natureza exuberante do Rio de Janeiro e à excelente música que se produzia na América e chegava através de discos e programas de rádio, como o notável Em Tempo de Jazz, apresentado por Paulo Santos na Rádio JB, a nova geração, alegre e irreverente, criada nas areias limpas das praias de Copacabana e Ipanema e sedenta por novidades, queria retratar sua própria experiência, seus sonhos e estilo de vida.
Naquela época, as boas famílias consideravam cantar e tocar violão atividades menores e desestimuIavam qualquer tipo de iniciativa de seus filhos neste sentido. Roberto Menescal, filho de uma tradicional familia de arquitetos, lembra que, quando começou tentar profissionalizar-se, foi tocar com seu conjunto num baile ao qual seus irmãos mais velhos também compareceram como convidados. Depois de muita dança, chegou a hora do jantar: os convidados foram para as mesas e os músicos, inclusive Menescal, recolheram-se à cozinha, que era o lugar reservado para eles. "Foi um escândalo na família", recorda Menescal.

Os rapazes normalmente eram direcionados a seguir carreiras como direito, engenharia ou arquitetura. As garotas podiam até tocar violão, enquanto esperavam um marido adequado. Mas os pais de Nara Leão, Jairo e Tinoca, eram uma exceção. Eles recebiam com prazer os amigos da filha para reuniões musicais em que se trocavam acordes e idéias, tudo regado a muito refrigerante e sucos de frutas. O apartamento em que moravam, na Avenida Atlântica, entrou para a História como o principal reduto da nova turma da Bossa Nova. Nara, que tinha 12 anos em 1954, aprendia violão com um professor chamado Patrício Teixeira. Roberto Menescal, seu amigo da turminha da rua, bicava as aulas, já que sua família não via com maior interesse suas tendências para a música. "A Nara era uma cabeça muito mais adiantada do que a gente", conta Menescal. E logo logo toda a turma começou a se interessar por música.

Nas famosas vitrolas Philips, escutavam juntos discos como Julie Is Her Name, da cantora americana Julie London (cuja maior atração era o violonista Barney Kessel), o violonista mexicano Arturo Castro, o trompetista americano Chet Baker, cujo estilo cool de cantar era muito inspirador, e os pianistas George Shearing. ErroIl Garner e André Prévin. Outro programa imperdível para eles era assistir aos musicais da Metro. Menescal lembra o dia em que foi assistir a Cantando na Chuva, com Nara. "Quando saímos do cinema estava chovendo, e foi a glória. Envolvido pelo clima e pela música do filme, estava em Copacabana me sentindo o próprio Gene Kelly e a Nara, a Debbíe Reynolds".

Um episódio engraçado envolvendo o cinema Metro aconteceu com Menescal. Na época, os carros eram um sonho quase inatingível para muitos adolescentes, principalmente os carros conversíveis. Um amigo de Menescal, Gustavo, comprou um Studebaker branco, com rodas cromadas e capota conversível azul-marinho, automática. Menescal, que já tocava um violõozinho, teve a idéia de irem os dois com carro e violão para a porta do Metro, a fim de esperar a saída da sessão das quatro e impressionar as garotas.

Estava tudo planejado: eles ficariam parados na porta do cinema, bem à vontade, como quem não quer nada. Assim que se abrissem as portas, Gustavo apertaria o botão da capota, que se abriria lentamente mostrando os dois com o violão no banco de trás. Seria difícil para qualquer garota resistir a tal espetáculo. E lá se foram os dois. Tudo teria corrido muito bem não fosse o fato de o violão ter sido deixado na parte traseira, perto do porta-malas do carro. Na hora H, Gustavo apertou o botão e, conforme a capota foi baixando, também foi esmagando lentamente o instrumento. Eles ainda tentaram impedir a catástrofe, mas era tarde demais: todo mundo realmente parou, mas para olhar o violão sendo destruído. "Foi a maior vergonha", lembra Menescal.

Carlos Lira também orava em Copacabana, na Rua Bolívar, e começou a tocar violão aos 19 anos, por causa de uma perna quebrada quando servia no Exército. Sua mãe, com pena dos quatro meses de imobilidade receitados pelos médicos, resolveu presenteá-lo com um violão. Carlinhos começou a estudar com o método de Paraguassu e, mais tarde, quando saiu do Exército, teve aulas de violão clássico com um sargento da Aeronáutica chamado José Paiva. "Foi ele quem me ensinou a fazer arpejos, escalas e a tocar com uma postura correta, muito necessária na Bossa Nova", conta o compositor. Quando entrou para o Colégio Mallet Soares, Carlos Lyra conheceu Roberto Menescal e Luís Carlos Vinhas e com eles formou um trio estranhíssimo: dois violões e um piano. Mas ainda era tudo levado na brincadeira. O colégio Mallet Soares era a escola certa para eles: até os professores tocavam violão e alguns chegavam a estimular os alunos a matar aula para fazer um som. "Tínhamos um professor chamado César que tocava violão muito bem, e saía com a gente para tocar", conta Lyra. Foi no Mallet Soares que ele começou a compor. Maria Ninguém, clássico da Bossa Nova, foi criada durante as aulas de Francês de dona Iolanda.
Além das reuniões na casa de Nara Leão, a turma também frequentava os bares e boates onde se apresentavam Dick Farney, Lúcia Alves, Johnny AIf, Tito Madi, João Donato e Dolores Duran. "Eles foram os precursores da Bossa Nova, prepararam o terreno para a gente" reconhece Lyra.
No meio da década de 50, algumas casas noturnas eram o esconderijo da boa música. Num pequeno barzinho numa rua atrás do cinema Rian, chamado Judo Azul (pela cor dominante de sua decoração interior), Tom Jobim era o pianista efetivo, e figuras conhecidas da noite do Rio não deixavam de aparecer por lá.

Naquele local, Rubem Braga fez a célebre apresentação de Vinicius de Moraes a Lila Bôscoli, com a famosa introdução: "Vinicius de Moraes, apresento-lhe Lila Bôscoli. Lila Bôscoli, apresento-lhe Vinícius de Moraes. E seja o que Deus quiser". E foi. Os dois acabaram se casando.

Havia também o Clube Tatuís, em Ipanema, onde, além das atividades esportivas, a grande atração eram as jam sessions. O violonista Candinho sempre tocava ali e volta e meia Tom Jobim aparecia para uma "canja". Também as serenatas noturnas nos barquinhos do Posto 6 e os arrastões no Posto 5 eram programas obrigatórios para eles.

Nas tardes de domingo, um grupo de músicos, entre eles Gusmão, Freddy Falcão, Durval Ferreira, Maurício Einhorn e Pecegueiro tocavam música moderna no Hotel América, na Rua das Laranjeiras. Os fins de semana musicais no Clube Leblon, com Eumir Deodato, Pecegueiro, Jayme Peres, Waldemar Dumbo e Ed Lincoln, era outro local de encontro entre diversos músicos que viriam a ser importantes nomes da Bossa Nova.

Menescal conheceu seu futuro parceiro Ronaldo Bôscoli numa reunião musical na casa do veterano compositor Breno Ferreira, autor de Andorinha Preta. Menescal era amigo do filho de Breno. Sérgio Ferreira, às vezes ia à casa do colega para observar o que faziam Breno e seus amigos. Menescal ia, olhava, gostava e aprendia. "Mas ainda não era a música que eu queria. Na verdade eu queria uma coisa que ainda não sabia o que era", lembra. Numa dessas reuniões, cansado da rodinha que se formara na sala, Menescal resolveu sair para pegar uma cuba-libre - a famosa mistura de rum com refrigerante, a bebida da Bossa Nova -, quando em outro aposento escutou um som diferente. "Era a música com que eu sonhava, exatamente o que eu queria ouvir. Só aqueles acordes já me abriram a cabeça."

A música vinha da varanda. Curioso, Menescal chegou mais perto. Quem tocava era o violonista Elton Borges, e o jornalista Ronaldo Bôscoli cantava Fim de Noite, uma de suas primeiras composições com Chico Feitosa. Menescal ficou ali escutando, maravilhado. No dia seguinte, na casa de Nara, não parava de falar sobre a música. Mas ele não sabia nem o nome de Ronaldo e somente um ano mais tarde voltariam a se encontrar. Bôscoli passava na praia e foi abordado por Menescal, que o convidou a conhecer a turma na casa de Nora. Ronaldo concordou e disse que ia aparecer com um amigo, Chico Feitosa.

Na noite marcada, todos esperaram alvoroçados escutar a novidade. Mas o tempo passava e ninguém chegava. Já tinham perdido as esperanças, quando finalmente, já no fim da noite, chegaram Chico e Elton, o que bastou para Chico ser definitivamente apelidado de Chico Fim de Noite. Eles começaram a tocar, enquanto Nara Leão anotava rapidamente todas as músicas. A partir dali, começaram a se reunir não apenas para escutar, mas para produzir música. Logo Ronaldo Bôscoli e Nara Leão se tornaram namorados e noivos, numa história de amor que terminaria poucos anos mais tarde, quando Ronaldo se apaixonou pela cantora Maysa.

Chico Feitosa e Ronaldo Boscoli se conheceram em 1954 e logo se tornaram parceiros. Fim de Noite foi apenas uma da série de composições criadas pelos dois no primeiro apartamento que dividiam, na Rua Otaviano Hudson, em Copacabana, que também faz parte da história da Bossa Nova. Ali moravam oficialmente Chico e Ronaldo, mas sempre haviam hóspedes circunstanciais, como o compositor paulista Caetano Zama, o pianista Pedrinho Mattar e Luiz Carlos Miéle.

Um dos mais ilustres foi o próprio João Gilberto, que chegou para passar alguns dias e acabou ficando meses. Mas na verdade nenhum deles se incomodava muito com aquilo, uma vez que eram invariavelmente despertados pelo violão de João Gilberto, que voltava sempre para o apartamento quando o dia já estava nascendo, depois de passar a noite por caminhos desconhecidos e misteriosos.

Apesar de tijucano, Antonio Carlos Jobim era um típico jovem de Ipanema, onde vivia desde criança. Gostava de pegar onda no mar limpo de Ipanema e de nadar na Lagoa Rodrigo de Freitas. Adolescente, no início dos anos 40, começou a estudar piano com o excelente professor alemão Hans Joachim Koelireutter. Tom e Newton Mendonça, seu amigo de infância e futuro parceiro em hinos da Bossa Nova, como Samba de Uma Nota Só e Desafinado, já formavam grupinhos musicais com os amigos, nos intervalos entre o colégio e a praia.

Em 1946, Tom entrou para a Faculdade de Arquitetura, onde não chegou a ficar nem um ano, resolvendo seguir definitivamente a carreira de músico. Seu gosto musical variava dos populares Ary Barroso, Dorival Caymmi, Pixinguinha, Garoto, Noel Rosa e Lamartine Babo aos eruditos Vila-Lobos, Debussy, Ravel, Chopin, Bach e Beethoven. passando pelas grandes orquestras americanas.

Em 1949, já casado com sua primeira mulher, Teresa, Tom ganhava a vida tocando piano em casas noturnas da zona sul, como a Tudo Azul, o Mocambo, o Clube da Chave, o Acapulco e o Carroussel, entre outras. O maestro passou alguns anos trocando a noite pelo dia, conseguindo em 1952 um emprego de arranjador na gravadora Continental, como assistente do maestro Radamós Gnatalli. O salário era baixo, mas certamente melhor do que o que ganhava como pianista. Uma de suas funcões era passar para a pauta composições de quem não sabia escrever música.

Mas Tom não abandonou a noite. Agora que não precisava mais dela para sobreviver, tocar na noite tornara-se um prazer. Para ele e, claro, para quem tinha o privilégio de ouvi-lo.

Apesar de trabalhar na Continental, foi na gravadora Sinter que Tom fez sua estréia como compositor. Em 1953, a Sinter lançou dois discos com composições suas: no primeiro, Maurici Moura cantava o samba cancão Incerteza, de Tom e Newton Mendonça. No segundo, Ernani Filho interpretava Pensando em Você e Faz Uma Semana (esta em parceria com o baterista Juca Stockler). Pouco depois, Tom se transferiu para a gravadora Odeon, que seria responsável, alguns anos mais tarde, pelo lançamento do histórico LP Chega de Saudade, com João Gilberto.
Em Copacabana ficava a casa do compositor Lula Freire, cujo pai era um influente político brasileiro. O apartamento, no mesmo prédio da Rua Tonelero 180, onde morava o famoso político e jornalista Carlos Lacerda, era uma mistura inusitada de política e música.
"Você abria a porta da casa e encontrava o Baden Powell com o Chico Fim de Noite. Aí, entrava na outra sala e estava meu pai com o presidente Kubitschek, o senador Gilberto Marinho e o poeta Augusto Frederico Schmidt", lembra Lula. Antes do advento da Bossa Nova, o apartamento era um ponto de encontro dos amantes do jazz, principalmente do jazz west coast, que passava por seu apogeu nos anos 50.

Alguns dos frequentadores do casa de Lula Freire eram Alberto Castilho, Luizinho Eça, os também pianistas Kumbuco e Roberto Ebert, Pedro Paulo, Marcio Paranhos, Domingos Jabuti, Bebeto, Pedrinho Hecksher, a vocalista Tecla e Paulinho Magalhães. Alguns não-músicos, como José Octávio Castro Neves, Elfio Carvalho e Roberto Canto (Irmão do futuro baixista Ricardo Canto), também eram habitues das sessões de jazz. Maria Helena, mãe de Lula, conhecedora de jazz e música clássica não só permitia o som que invadia as madrugadas como participava ativamente das reuniões. Stan Kenton, Chet Baker, Gerry Mulligan, Dave Brubeck, Shorty Rogers, Mel Tormé, George Shearing e Errol Garner eram ouvidos pela vizinhança não raramente, até o sol nascer.

Cuba-libres e cafezinhos eram servidos seguidamente por Arlete e Teresa, empregadas da casa, que também consideravam-se "da música" e vez por outra apareciam na sala com o pretexto de alimentar a reunião, mas o que queriam mesmo era ouvir a música do grupo."Elas sentavam, fechavam os olhos e ficavam só curtindo", lembra Lula. Muitos anos depois dessa época, por volta de 1965, em pleno regime de exceção, ocorreu um fato engraçado naquele apartamento da Rua Tonelero.

Numa noite de música, o violonista Candinho reparou que, pelo lado de fora da janela, quase na altura do teto, vindo de um andar superior, estava pendurado um microfone, obviamente destinado a gravar o que por ali se passava. Candinho chamou o senador Victorino, pai de Lula, homem de temperamento altamente explosivo, e apontou para o microfone. O senador mandou buscar uma vassoura e preparou-se para desferir uma violenta vassourada no microfone. "Vou estourar os ouvidos deste sujeito que está bisbilhotando minha casa."

Felizmente foi impedido por Lula, que avisou ao pai que o fio do microfone vinha do apartamento de um vizinho amigo, do 10º andar, o médico dr. Otávio Dreux. O senador ligou imediatamente para a casa do dr. Dreux, sendo atendido pelo filho mais moço do amigo, Chico, que muito sem jeito explicou que, como adorava Bossa Nova, resolvera gravar o som que saía pela janela do apartamento. Desfeita a suspeita da incômoda presença do SNI em sua casa, o senador riu muito e autorizou formalmente a gravação "externa" da noite, que correu tranquila, cheia de música e com um inusitado microfone pendurado do lado de fora da janela.

Quando Lula foi morar em Ipanema, na Rua Joaquim Nabuco, a efervescência cultural continuou. Sérgio Porto, frequentador assíduo do apartamento, dizia que ali era o último bar aberto do Rio. Naquele tempo, poucos bares, como o Sacha's e a Fiorentina, abriam até mais tarde, mas até estes fechavam a certa hora da madrugada. Vinicius de Moraes, notívago de nascença, pedia que Lula sempre guardasse para ele uma cerveja na geladeira. O compositor lembra que várias vezes, quando todos da casa já dormiam, Vinicius tocava a campainha, a empregada abria a porta e ele entrava, sentava, tomava sua cerveja, comia o que encontrava na geladeira e ia embora.

Neste apartamento aconteciam fatos bizarros que bem traduzem o espírito irreverente que dominava a época. Certa noite, Lula oferecia um jantar para alguns amigos. A porta do apartamento estava aberta e de repente entrou um sujeito baixinho e careca que, sem falar com ninguém, ignorando a presença de todos, foi direto para o piano e começou a tocar. Todos estranharam, mas Lula resolveu que deveriam igualmente ignorar a estranha figura e continuar a jantar normalmente, como se fosse a coisa mais natural do mundo alguém entrar pela casa adentro e, sem falar com ninguém, começar o tocar piano. Quatro músicas depois, ouviram uma gargalhada do lado de fora. Logo adentraram a caso o empresário paulista Olavo Fontoura, o compositor americano Jimmy Van Heusen e suas mulheres.

Ainda rindo muito, Olavo explicou: o baixinho careca era ninguém menos do que Sammy Cahn, grande compositor americano, responsável, entre outras coisas, por alguns dos maiores sucessos de Frank Sinatra, como AII the Way, Three Coins In a Fountam, Be My Love, Call Me lrresponsable, Time After Time, Chicago, Come Fly With Me etc. Sammy tornou-se grande amigo de Lula e esteve diversas vezes no Rio, sendo grande divulgador da música brasileira nos Estados Unidos.

Enquanto isso, as parcerias se multiplicavam. Apresentados por Roberto Menescal, Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli logo começaram a compor juntos. Se é Tarde Me Perdoa e Lobo Bobo foram algumas de suas primeiras composições. Bôscoli continuava igualmente compondo com Chico Feitosa. São desta época Sente, Complicação e Sei. Os talentosos Irmãos Castro Neves, Mário (piano), Oscar (violão), Léo (bateria) e lko (contrabaixo), formavam um conjunto, o American Jazz Combo.

Oscar compôs com Ronaldo Não Faz Assim, uma das primeiras canções da Bossa Nova, e depois marcou definitivamente sua presença através de diversas composições com o excelente letrista Lucercy Fiorini. Em 1957, Roberto Menescal estava em casa, comemorando as bodas de prata de seus pais. Um rapaz que ele não conhecia entrou no apartamento perguntando se ele não teria um violão para tocar. Apresentou-se como João Gilberto e disse que Edinho, do Trio Irakitan, tinha lhe dado o endereço de Menescal.

João tinha voltado há pouco tempo da Bahia e precisava mostrar a alguém o que havia criado. Menescal, que já tinha ouvido falar de João, imediatamente levou-o para seu quarto. João pegou o violão e mostrou Ô-ba-la-lá, composição sua e uma das primeiras que continham a famosa batida diferente. Impressionado, Menescal saiu na mesma hora com ele para mostrar a novidade aos amigos.

A primeira parada foi no apartamento de Bôscoli e Chico Feitosa, onde João, além de Ô-ba-la-lá, mostrou Bim-bom e tocou vários sambas. Da Rua Otaviano Hudson foram para a casa de Nara, já em caravana, onde mais uma vez João encantou a todos com seu jeito revolucionário de tocar violão, que libertava a todos do samba quadrado que até então era o que de melhor se produzia na música brasileira. A partir de então, João Gilberto passou não só a fazer parte da turma mas também a liderar espiritualmente o movimento: todo mundo queria aprender a tocar como ele. Um dos poucos que conseguiram ter aulas com o próprio João Gilberto foi Chico Feitosa, na época em que João esteve hospedado em sua casa.

Os encontros musicais começaram a se multiplicar, tanto nas intermináveis reuniões para as quais eram chamados, e onde João Gilberto era sempre o grande mito (todas as festas prometiam a presença do violonista), quanto nos bares e boates. Nestes, normalmente, os músicos não ganhavam para tocar, a não ser doses gratuitas de bebida durante toda a noite.

Em 1954, um dos locais mais disputados na noite era a boate do Hotel Plaza, na Avenida Princesa Isabel, em Copacabana. Oficialmente, Johnny Alf era o pianista e já tocava suas próprias composições, como Rapaz de Bem e Céu e Mar. Os frequentadores mais assíduos da boate eram Tom Jobim, João Donato, Baden Powell, Dolores Duran, Carlos Lyra e Sylvinha Teles, entre outros, e o fim da noite era recheado de intermináveis "canjas". Alf, um dos maiores precursores da Bossa Nova, mudou-se para São Paulo em 1955, deixando órfãos seus admiradores.

O pianista Luizinho Eça depois de passar uma época estudando piano clássico em Viena, juntamente com o pianista Ney Salgado, acabou indo tocar profissionalmente no Bar do Plaza, com o então baixista Lincoln e o violonista Paulo Ney. Como era menor de idade, Luizinho trabalhava garantido por um delegado que adorava música e permitia que o pianista se apresentasse na boate, desde que este concordasse em acompanhá-lo ao piano enquanto cantava uns sambas-canções. Luizinho, espertamente, não só atendia ao pedido como ensinava ao delegado novas canções, "mais recomendadas para sua voz".

Certa noite, Lula Freire e seus colegas de colégio, Carlos Augusto Vieira e Romualdo Pereira, todos também menores de idade, foram para o Bar do Plaza para ouvir Luizinho, que era amigo de Lula desde garoto. O leão de chácara do Plaza, o lutador Waldemar barrou os três, alegando estar na boate o tal delegado. Romualdo apresentou-se como sobrinho do delegado, e o segurança não só permitiu que os três entrassem como avisou ao delegado que os sobrinhos dele haviam chegado. O homem estava tão feliz vendo que a casa estava ainda com mais clientes para "ouvi-lo cantar" que recebeu os sobrinhos com sorrisos e abraços e ainda acabou pagando a conta das inocentes cuba-libres consumidas pelos três.
O encontro de João Gilberto e Tom Jobim foi sugestão do fotógrafo Chico Pereira, que aconselhou João a procurar o maestro. Eles já se conheciam superficialmente das noitadas em Copacabana e João resolveu bater na porta de Tom, na Rua Silva em Ipanema. Apresentou a ele Bim-Bom e Ôba-la-lá.
Tom, que como todos os outros também havia se impressionado com a nova batida de violão, mostrou a João algumas composições suas, entre elas Chega de Saudade, parceria com Vinicius e um dos temas escolhidos para o disco Canção do Amor Demais, que estava sendo preparado para Elizeth Cardoso.

Festejado como o disco que inaugurou a Bossa Nova, Canção do Amor Demais trazia belíssimas composições inéditas de Tom e Vinicius interpretadas pela "Divina". João Gilberto acompanhou Elizeth na gravação da faixa Outra Vez, deixando registrada pela primeira vez em disco sua batida inovadora.

Alguns meses depois, João já entrava em estúdio para gravar o histórico 78 rpm Chega de Saudade, com a música de Tom e Vinicius de um lado e a sua Bimbom do outro.

A gravação de Chega de Saudade foi uma verdadeira novela. Cheio de exigências, como o pedido de um microfone para a voz e outro para o violão, inédito na época, João Gilberto conseguiu enlouquecer técnicos e músicos. Interrompia a todo instante a gravação, ora dizendo que os músicos haviam errado, ora que o som não estava bom. Mas o disco acabou saindo com arranjos de Tom Jobim, que também tocava o piano.

Roinaldo Bôscoli trabalhava como repórter esportivo na Última Hora, e sua irmã Lua era casada com Vinicius de Moraes. O já consagrado poeta ocupava o cargo de vice-cônsul na embaixada do Brasil em Paris.

Em 1956, Vinicius voltou de Paris com o rascunho do libreto de Orfeu da Conceição, uma tragédia de inspiração grega, toda em versos, que ele ambientara ao carnaval carioca e pretendia montar no Rio de Janeiro.

A chegada do poeta ao Rio é tida como um dos principais marcos da história da Bossa Nova. Libreto pronto, Vinicius começou a procurar um parceiro para as canções da peça. Ele já tivera a oportunidade de conhecer Tom Jobim no famoso Clube da Chave, em 1953, pouco antes de ir ocupar sua função na embaixada de Paris.

No Clube, cada um dos 50 sócios tinha uma chave que abria o armário onde ficava guardada sua própria garrafa de uísque. Foi lá que Vinicius ouviu Tom pela primeira vez, e ficou impressionado com o talento do jovem pianista. Chico Feitosa, que a esta altura já se transformara em secretário particular da poeta, e Ronaldo sugeriram que ele convidasse Tom para fazer as músicas da peça. Vinicius ficou de pensar.

No dia seguinte, na Villarino, uma uisqueria no centro do Rio, reduto de boemios e intelectuais, como Paulo Mendes Campos, Antônio Maria, Sérgio Porto, Fernando Lobo, Dorival Caymmi, Reynaldo Dias Leme, Carlos Drummond de Andrade, Dolores Duran e Heitor Vila-Lobos, entre muitos outros, o jornalista Lúcio Rangel apresentou formalmente o poeta ao compositor, que seria um de seus grandes parceiros.

Ava Araújo - Continuamente envolvida com a cultura brasileira.


Cantora e compositora letrista, Ava Araujo nasceu em Vila Velha, ES, numa família extremamente musical, ouvintes de boa música brasileira. Iniciou sua carreira em 1993 em Brasília onde foi residir no final da década de oitenta. Durante este período, além dos shows que continuamente realizava, preparava-se com aulas de teoria e canto popular. Para isso iniciou seus estudos de violão com o professor Everaldo Pinheiro e manteve aulas na Escola de Música do Espírito Santa - ligada ao Conservatório de Música do Rio de Janeiro. Algumas vezes que esteve em Vitória em visita à família, aproveitou para apresentar-se em casas noturnas da cidade.

Ainda em Brasília participou de vários espetáculos em projetos governamentais interessantes como o Temporadas Populares onde fez a abertura do show de Fátima Guedes em 1997 no Teatro dos Bancários e vários outros shows pelo projeto Arte por Toda Parte, também projeto do governo local.

Ava Araujo realizou shows em todos os importantes teatros de Brasília durante o período que viveu por lá, como na Sala Martins Penna no Teatro Nacional Cláudio Santoro, Teatros do Sesc, Teatro da Funarte, entre outros.

Gravou seu primeiro CD independente À Moda Brasileira com um repertório de clássicos que vai de Tom Jobim a Gilberto Gil em 2003. Participou durante muito tempo de campanhas publicitárias para empresas do DF gravando comerciais de Tv e Rádio.

Em 2008 realizou algumas campanhas publicitárias locais e em janeiro participou como convidada especial do show Paulo Sodré Quarteto na Tenda Cultural na Praia de Camburi em Vitória. Em março subiu ao palco com mais 10 cantoras da cidade para homenagear as mulheres no espetáculo Maria Maria no Teatro do Sesi em Jardim da Penha. Em junho volta aos palcos da cidade novamente com o espetáculo Maria Maria apresentado desta vez no Teatro Municipal de Viana. Em julho participou do Festival Vitória Bossa Nova dividindo o palco com Filó Machado e outros artistas locais. Em agosto realizou no teatro do SESI em Vitória e com sucesso de público um tributo ao maestro Antônio Carlos Jobim, pelos 50 anos da Bossa Nova.

Em 2007 convidou o violonista Fabio Calazans para montarem o Duo Esquina Brasileira e realizou apresentações em Vitória, como na EM&T com um workshop para arranjo e voz em setembro deste mesmo ano. Além desta parceria, produz e realiza alguns eventos na área literomusical.

Em 2006 participou como convidada especial do show "Tantas Canções" de Marianna Leporace e Willians Pereira no Teatro do Sesc 504, em Brasília. Ainda neste ano faz inúmeras viagens ao Rio de Janeiro para reciclar conhecimentos e tratar de seu segundo disco.

Em 2002 produziu o show "Um Fidalgo do Samba" em homenagem a Paulinho da Viola, na Sala Cássia Eller/Funarte e o leva a outros lugares da cidade como Feitiço Mineiro e no Gates Pub.

Em 2001 realizou na sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro o show "Ava Araujo in Concert". Em 2000 idealizou e produziu o show "Elas Cantam Vinícius" - Tributo aos 20 anos de morte de Vinícius de Morais, no Teatro dos Bancários/Brasília. Em 1999, show "Mais um Passo" no Teatro do SESC/Brasília, onde pela primeira vez canta composições próprias. Em 1998 idealizou e produziu o show "Sonho e Fantasia" no Gates Pub, uma das casas mais tradicionais à época. No mesmo ano participa como convidada especial do show "Ipanema Raimbow" de Guilherme Coimbra, no Teatro Nacional Cláudio Santoro - Sala Martins Penna.

Em 1997 realizou seu primeiro show em teatro, "Da Cor Brasileira", fazendo abertura oficial do projeto Temporadas Populares, para a cantora Fátima Guedes, no Teatro dos Bancários. E de 1993 a 1996 realizou diversos shows no circuito de bares e casas noturnas de Brasília.

Visite também:
www.myspace.com/araujoava
www.blogdaava.blogspot.com
www.mpb.com/avaaraujo
www.picasaweb.google.com.br/ava.araujo

Contato:
Júlia Sodré - Projetos Culturais:
juliasodre@gmail.com

Agenda para Maio e Julho 2009
14 mai 2009 - Tributo a Carmen Miranda - Teatro do Sesi – Vitória
15 mai 2009 - Tributo a Carmen Miranda - Teatro do Sesi – Vitpria
08 jul 2009 - Theatro Carlos Gomes - show com Guinga - Projeto Seis e Meia
Fonte: http://www.musicexpress.com.br

Tecnologia - Vitrola traz LPs para a era do MP3


Na era do MP3, discos em vinil podem parecer artefatos ultrapassados. Mas, se você quiser juntar a nostalgia com a tecnologia, uma boa opção pode ser o LP-U200, da Teac.

O aparelho permite gravar LPs, CDs e programação de rádio em um cartão SD ou em um pendrive USB. Os arquivos são transformados em MP3. Depois, é só plugar o dispositivo móvel no computador e ouvir suas músicas no novo formato.

Nas tentativas realizadas pela Folha, no entanto, o processo se mostrou um pouco complicado. Não basta plugar o dispositivo portátil de armazenamento e clicar em Rec (abreviação para gravar, em inglês).

O processo exige uma seqüência de ações. Para gravar um vinil, por exemplo, selecione a função Phono.
Coloque o disco no local adequado –escolha, também, a rotação, que pode ser 33, 45 ou 78.

Selecione, então, a taxa de bits da gravação –96 Kbps, 128 Kbps ou 160 Kbps. Depois, aperte Program/Enter. Plugue o USB ou o cartão SD no aparelho. A mensagem “Reading” aparecerá por alguns segundos.

Pressione o botão Rec uma vez. Selecione, novamente, de onde será extraída a música. Pressione o Rec –agora, o botão não ficará piscando, mas manterá uma luz vermelha contínua.

Enfim as faixas começarão a ser transferidas para o dispositivo. Para terminar, basta apertar Stop. No computador, os arquivos são nomeados como Phono001, Turner001 e assim por diante.

O LP-U200 também permite que você ouça músicas armazenadas no pendrive ou no cartão SD diretamente no aparelho, bastando plugá-los.

Espécie de três-em-um dos anos 2000, o aparelho é uma boa opção para quem procura algo compacto, pois pesa cerca de dez quilos. As duas caixas embutidas são suficientes para um ouvinte não muito exigente, que não faz questão de equalizar graves e agudos, por exemplo.

O aparelho tem saídas que permitem conectá-lo a um DVD. Tem preço sugerido de R$ 2.080.

da Folha Online

Maysa - Quando fala o coração




A original e a atriz que deu um show.
A série trouxe a trajetória da cantora Maysa Matarazzo ou Maysa Monjardim ou simplesmente Maysa...A obra dirigida por seu filho Jayme Monjardim esteve incrível e perfeita em todos os detalhes. Quem não viu, vale a pena assistí-la principalmente para ver a atriz Larissa Maciel que está muito bem no papel da protagonista. A Atriz que deu um show.

Entrevista Exclusiva: Ithamara Koorax ao Jazzmanbrasil

Fotos:Fernando Melonio


Eleita pela Revista DownBeat como a terceira melhor cantora de Jazz do mundo em 2008, a brasileira Ithamara Koorax é um dos nomes mais importantes da atual cena jazzística mundial. Sua criatividade, aliada a uma técnica vocal ímpar, faz com que Ithamara seja reconhecida no exterior, rendendo-lhe críticas positivas, prêmios e convites para cantar nos mais importantes palcos e festivais espalhados pelo mundo.
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Foto: Ithamara Koorax e JazzMan!

Decálogo dos Direitos do Blogueiro


10. Toda blogagem se dará em paz e exercitará a liberdade de expressão inerente a qualquer democracia. A blogagem estará a salvo de perseguição política, religiosa ou doutrinária de qualquer caráter. O blogueiro será livre para dizer o que lhe venha à telha, desde que, obviamente, não cometa com a linguagem crimes de calúnia ou plágio.

9. Todo blogueiro terá o direito de passar um dia sem blogar e não receber mensagens alarmistas, preocupadas ou encheção de saco. Os blogueiros serão poupados de receber emails com gritaria ou esbravejação em letras maiúsculas e, no caso de recebê-los, serão livres para exercitarem o direito de ignorá-los ou apagá-los.

8. Todas as blogueiras terão direito de blogar em próprio nome, em pseudônimo ou em heterônimo como lhes apraza, de forma exclusiva ou simultânea. Assim como todos os outros direitos nomeados aqui preferencialmente no feminino, este também se aplica, evidentemente, aos homens que possam, saibam ou ousem exercitá-lo.

7. Sendo publicitário, funcionário público, palhaço, vendedor de seguro, jogador de futebol, aeromoça, professor universitário, paquita, lixeiro ou desempregado nas horas vagas, o blogueiro tem direito de não ser importunado, agredido, chantageado ou ofendido por sua escolha ou necessidade profissional fora das horas de blogagem.

6. Todas as blogueiras terão direito de livre associação em quaisquer grupos, incluindo-se aí grupos com objetivos e programas contraditórios. Entender-se-á a blogagem sobretudo como um direito à coexistência bizarra, insólita e feliz de diferenças na internet. Na blogosfera haverá paz de se retribuir as visitas ao blogs de cada um na devida temporalidade baiana que deve reger as coisas, sem pressa, sem culpa e sem cobrança. Ao visitar o blog alheio o blogueiro também temperará o natural desejo da recíproca com semelhante tranqüilidade.

5. Toda blogueira estará livre de qualquer responsabilidade sobre afirmações feitas por outras pessoas em seu blog. Nenhuma blogueira poderá ser interpelada, processada ou censurada por ofensas ditas por outrem em seu blog. Caso alguma pessoa se sinta ofendida por algum comentário e reclame, a blogueira terá amplo tempo para decidir qual a atitude correta de anfitriã que exercita seus direitos de cidadã numa democracia onde àqueles correspondem, é claro, deveres também.

4. A todo blogueiro será garantido o direito de promover votações, concursos, citações, retrospectivas, autolinkagem ou reciclagem sem ser acusado de estar ficando sem assunto.

3. Todo blog terá liberdade absoluta de linkar, deslinkar e relinkar como lhe preze, entendendo-se que a linkagem é ato livre, unilateral e jamais significa, por si só, um endosso de conteúdo do site linkado. Todo blogueiro terá paz para ir linkando aqueles que o linkam ou não, na medida em que ele vá viciando-se em blogs.

2. Todo blogueiro terá o direito de exercitar periodicamente o direito de dizer abobrinhas sobre assuntos que não entende, de tal forma que os blogs de futebol serão apoiados quando resolvam falar de música e os blogs de economia contarão com a compreensão geral quando decidam falar sobre a composição do vinho. Mais bobagem que certas revistas semanais blog nenhum conseguirá dizer.

1. Todo blogueiro terá o direito de propor decálogos incompletos – eneálogos, na verdade – e solicitar ser completado, corrigido ou auxiliado pela caixa de comentários. Esqueci de alguma coisa? Sejam bem-vindos.

Abril Digital lança Gostei, Blogs, PinFotos


Este é o registro do evento realizado pela Abril dia 01/010/2008 na cobertura de sua sede em São Paulo.
Focada em soluções inovadoras e ferramentas dinâmicas e apropriadas para a geração da web 2.0 a Abril Digital anuncia oficialmente os primeiros de uma série de lançamentos programados para este ano: os sites Gostei! http://www.gostei.abril.com.br/, Blogs http://www.blogs.abril.com.br/ e PinFotos http://www.pinfotos.abril.com.br/. A empresa do Grupo Abril também comemora o novo , www.abril.com.br que está no ar com ferramentas e conteúdos alinhados aos conceitos de interatividade e participação ativa dos internautas.

Lançados simultaneamente pela Abril Digital, Gostei!, Blogs e PinFotos utilizam o mesmo login e senha do usuário. Ou seja, basta fazer o cadastro em apenas uma das novidades para utilizar os recursos e as ferramentas de todas as três. Todos são personalizados respeitando as preferências de cada internauta, estão completamente inseridos nos conceitos da Web 2.0 e adotam características que marcam a nova linha de produção. Mais fotos no endereços:http://pinfotos.abril.com.br/ ou http://pinfotos.abril.com.br/albums/recents

A HISTÓRIA DO SAXOFONE


O saxofone foi inventado por Antoine-Joseph (Adolph) Sax. Ele nasceu em Dinant, uma cidade no vale de Meuve na Bélgica, no dia 6 de novembro de 1814. Charles-Joseph Sax, o pai dele, era um carpinteiro que construiu uma fábrica para instrumentos de sopro de madeira e instrumentos de metal. Do pai ele herdou a técnica e criatividade para o comércio. Pouco se sabe sobre sua mãe, exceto que ela vivia muito ocupada cuidando dos onze filhos. Adolph começou sua educação formal na Royal School of Singing (Bruxelas); lá ele também estudou flauta e clarinete. Dizem que se Sax não tivesse entrado nos negócios da família ele teria feito uma boa carreira como clarinetista profissional. Charles concentrou suas energias na sua fábrica de instrumentos para ir ganhando a vida, enquanto Adolph ia experimentando novos designs com a finalidade de criar novos instrumentos. Sax termina, em 1834, o aperfeiçoamento do clarinete-baixo (clarone); talvez daí viesse a idéia de fabricar um novo instrumento, pois o formato do clarone e o do saxofone são bem semelhantes, com a diferença de que o corpo do clarone é mais alongado e feito de madeira e, principalmente, por pertencer à família do clarinete; mas o primeiro saxofone nasceu quando Sax adaptou uma palheta de um clarinete ao bocal de um oficlide (um predecessor da tuba, só que em forma de "U", como o fagote). O resultado foi um saxofone-baixo; a partir deste, Sax criou o restante da família. O Saxofone é um dos poucos instrumentos que foram "inventados". Historiadores estão de acordo que Adolph Sax projetou e construiu o saxofone por volta de 1840. O esboço básico deste instrumento nunca mudou, embora muitos aperfeiçoamentos tenham sido feitos. Dessa incrível habilidade criativa nasceram o Sax Horn (uma espécie de tuba) e os saxofones. Quando Adolph completou 25 anos, ele foi atraído pelo encanto de Paris, e se mudou para lá. Enquanto estava em Paris, ele conheceu muitos músicos notáveis inclusive Meyerbeer e Berlioz. Contudo ele foi obrigado a se mudar para Bruxelas por razões econômicas. Depois de um período de tragédia familiar onde o Charles viu oito dos seus filhos morrerem, pai e filho se dedicaram exclusivamente ao trabalho, entorpecendo a dor da perda. Porém, a viagem a Paris teve um efeito duradouro em Adolphe e ele não pôde esperar pela oportunidade de voltar. Ele recebeu várias ofertas de trabalho que ele aceitou alguns em Londres e St. Petersburgo. Finalmente, ele foi atraído para voltar a Paris pela oferta de trabalho para o Serviço Militar francês. Quase imediatamente depois da chegada dele em Paris, Sax começou a trabalhar na sua família de cornetas teclada. Tendo concebido o saxofone como um instrumento que combinaria os instrumentos de madeira com os de metal, pela produção de um som que descreveria propriedades de ambos, Sax submeteu-o a teste (o primeiro em conjunto) com as bandas militares francesas. A aceitação foi imediata. Em 12 de julho do mesmo ano, Sax é entrevistado por seu amigo Hector Berlioz, compositor e escritor do artigo, na "Paris Magazine" (jornal de debates), descrevendo sua nova invenção: o SAXOFONE: "Melhor que qualquer outro instrumento, o saxofone é capaz de modificar seu som a fim de lhe dar as qualidades convenientes, e de lhe conservar a igualdade perfeita em toda sua extensão. Eu o fiz em cobre, e em forma de cone parabólico. O saxofone tem boquilha com palheta simples como embocadura, uma digitação próxima à da flauta e à do clarinete, e podemos, se quisermos, colocar-lhe todas as digitações possíveis", diz Sax. Em 1844, o saxofone é exibido pela primeira vez na "Paris Industrial Exibicion" e, no dia 3 de fevereiro do mesmo ano, Hector Berlioz esboça o arranjo do coral Chant Sacre , no qual inclui o saxofone. "Nenhum instrumento que conheço possui essa estranha sonoridade situada no limite do silêncio", afirma H. Berlioz. Ainda em dezembro desse ano , é apresentada a primeira obra original para saxofone, inserido na orquestra de George Kastner, "Opera Laster King of Judá" ("O Último Rei de Judá"), no Conservatório de Paris. Em 1845, Sax tirando vantagem da situação de que a banda de infantaria francesa possuía uma falta de qualidade, ele recomendou ao Ministro de Guerra que uma competição fosse feita entre uma faixa com instrumentos tradicionais e uma com os seus instrumentos. Ele refaz a Banda Militar, substituindo o oboé, fagote e trompas francesas por instrumento de sua invenção: saxofones, saxhorns em Bb e Eb, produzindo maior homogeneidade sonora; essa idéia foi um sucesso, e a faixa de sax subjugou a audiência. Dali em diante os saxes foram adotados na música militar francesa. O saxhorn é uma espécie de instrumento de sopro feito de latão com embocadura de bocal e pistões que compreende o sopranino, soprano, contralto, barítono, baixo, contra-baixo (tuba), que funciona de forma análoga às tubas wagnerianas e às trompas de pistões. O seu formato é também muito semelhante ao das tubas empregadas por Wagner na "Tetralogia". A tuba, que é um saxhorn baixo, munido de 4 ou até 5 pistões, constitui o único instrumento da família dos saxhorns em uso constante na orquestra sinfônica; os demais se restringem às bandas sinfônicas, militares e musicais no caso dos barítonos e contraltos. O saxofone foi patenteado em 1846 incluindo 14 variações: Sopranino em Eb, Sopranino em F, Soprano em Bb, Soprano em C, Alto em Eb, Contralto em F, Tenor em Bb, Tenor em C, Barítono em Eb, Barítono em F, Baixo em Bb, Baixo em C, Contra-baixo em Eb e Contra-baixo em F. Em 1858, Sax torna-se professor do Conservatório de Paris, onde começou a lecionar e propagar os ensinamentos do instrumento. O primeiro método para saxofone também foi atribuído a George Kastner (1846), e depois vieram os métodos de Hyacinthe Klosé (“Método Elementar Alto e Tenor” - 1877; “Barítono e Soprano” - 1879 e 1881). Porém, Sax nunca ficou rico. Devido ao seu sucesso, os concorrentes, de olho nos lucros, lançaram uma tremenda campanha contra ele. Entre outros golpes, acusaram-no de ter roubado a idéia do saxofone, subornaram músicos para boicotar os seus instrumentos e fizeram com que os compositores deixassem o sax à margem das salas de concerto. Adolph sobreviveu aos ataques até que, em 1870, sua patente expirou e qualquer um pôde fazer saxofones. Sua fábrica então faliu. Duas vezes ele declarou bancarrota em 1856 e 1873. Muitos processos foram movidos contra ele e passou grande parte da sua vida em batalhas judiciais, gastando assim todo o seu dinheiro. Aos oitenta anos de idade e falido, três compositores se sensibilizaram (Emmanuel Chabrier, Jules Massenet e Camile São-Saens) e solicitaram ao Ministro francês de belas artes que lhe ajudasse. Uma pequena pensão foi dada, a qual lhe garantiu uma ajuda nos seus últimos anos de vida. Antonie Joseph, conhecido como Adolphe Sax, morreu no dia 4 de Fevereiro de 1894 com 80 anos de idade.
Os saxofones: Sopranino, Soprano, Alto, “C” Melody, Tenor, Barítono, Baixo e Contrabaixo.
Postado por Sonoridade Clássica Paulafonsina

14º Festival Internacional de Jazz de Punta Del Leste 2009



História
Este Festival ha sido singular: la lista de músicos que han participado en él es una de las más destacadas del mundo, es el primero del calendario anual, los músicos más prominentes de jazz sostienen que es uno de sus predilectos y su elevado nivel artístico jamás ha sido cuestionado pese a las diferentes características que ha tenido tanto en su programa, como en su duración o en el lugar donde se realice.

Festival tras Festival fue necesario superar obstáculos de todo tipo: económicos, administrativos, financieros, burocráticos, meteorológicos y de muy variada naturaleza. Afortunadamente ello nunca han opacado el brillo y la mística que lo rodean y jamás el público, los músicos, ni la crítica han podido hablar de problemas musicales, logísticos, humanos, acústicos u organizativos que afectaran el goce que significa estar allí. Por el contrario, la crítica y el auditorio lo elogian y emplean adjetivos como insuperable, inmejorable, maravilloso, superior. Lo mismo ocurre con los músicos, quienes cada año reiteran desde el escenario, y en cartas a su regreso, el disfrute que es para ellos participar en él.

Como si todo ello fuese un acicate para que la producción apunte cada vez más alto, a lo superlativo, así ha ocurrido durante 13 años y con ese objetivo se está trabajando para el 14º Festival Internacional de Jazz de Punta del Este.

Brasil Brazil Bresil

Leny Andrade Romero Lubambo Zimbo Trío Lucio Nascimentoi Adriano De Oliveira Joao Coutinho Claudio Roditi Joyce Tutty Moreno Lula Galvao Teco Cardoso Rodolfo Stroeter Luis Guello Sivuca Gustavo Mendoça Neil Teixeira Jose Durval Pereira Jorginho Do Trompete Cesar Camargo Mariano Fabio Luna Rosa Passos Marcos Teixeira Sergio Brandao Maucha Adnet Duduka Da Fonseca Nilson Matta Sebastião De Freitas Lucio Afonso Abreu Pedro De Alcântara Marco Antônio Grijó (capixabas)Helio Alves Joca Perpignan David Feldman Oscar Dos Reis Léo Ferrarini Rafael Schüler Fabio Alves Ricardo Arenhaldtodolfo Schuster Paulino Fagundes Ricardo Baumgarten Paulo Sergio Santos Lula Galvao Guinga Geraldo Flach Virgínia Rosa Renato Borghetti Nailor Aparecido Azevedo Ubaldo Versolato Carlos Antônio Malaquías Vinicius Assumpção Dorin José Francisco de Lima Valdir José Ferreira Walmir de Almeida Gil Odésio Jericó da Silva Nahor Gomes Oliveira Edson José Alves Jarbas Alves Barbosa Wesley Izar Filho Frederico Penteado Neto Luiz Carlos Xavier Coelho Pinto Mark Lambert Guto Wirti João Donato Robertinho Silva Ricardo Pontes.

Estados Unisdos United States Etats Unis

Clark Terry James Moody David Finck Mark Walker Andy Narell Dave Samuels Slide Hampton Terri Lyne Carrington Harvie Swartz Frank Foster Frank Wess Ron Carter Lewis Nash Stephen Scott Steven Kroon Monty Alexander Troy Davis Hassan J.J. Higgins Kenny Burrell Fareed Haque Jeanie Bryson Coleman Mellet Ted Brancato Dereck Dicenzo Chico Hamilton Eric Person Cary De Nigris Paul Ramsey Paul Ramsey Adam Nussbaum Mulgrew Miller Steve Turré Kenny Barron Ray Drummond Phil Woods Brian Lynch Bill Mays Steve Gilmore Bill Goodwin Michael Brecker James Genus Joseph Calderazzo Jeff “Tain” Watts John Patitucci Regina Carter Terence Blanchard Bryce Winston Aaron Fletcher Eric Harland David Pulphus Buster Williams Carl Allen Billy Childs Benny Golson Eddie Monteiro Roy Haynes Christian McBride Raul Midon Cedar Walton David Williams Alvin Queen Johnny Griffin Kenny Garrett Vernell Brown Charnett Moffett Chris Dave Chris Dave Ed Cherry Ed Cherry John Lee Alex Han Rufus Reid Nicholas Payton Tim Warfield Anthony Wonsey Reuben Rogers Adonis Rose Benny Green Quincy G. Davis Barak Mori Kenny Werner Cameron Brown Idris Muhammad Donald Harrison John Lefcoski John Lampkin Vicente Archer Christian Scott Russell Malone Richard D. Johnson Richie Goods E. J. Strickland Conrad Herwig Chico Freeman David Silliman Jason Linder Gene Jackson Vince Cherico Cyrus Chestnut Ari Hoenig Chris Potter James Carter Leonard King Ralphe Armstrong Craig Taborn Darmon Meader Peter Eldridge Kim Nazarian Lauren Kinhan Jay Ashby Tom Harrell Xavier Davis Ugonna Okegwo Jimmy Greene Ron Blake George Colligan Terreon Gully Eric Gunnison Willie Jones III Peter Washington Steve Nelson Roy Hargrove Ronnie Mathews Justin Robinson Jimmy Heath Paul West Tootie Heath Jeb Patton Phoebe Stubblefield Corey Fonville Mark Steinert Rakim Yarbrough Charlie Foldesh Earl Travis Jr. Stephen Forse Nick Stubblefield Scott Colley Gary Bartz Greg Bandy James King Vincent Herring Al Foster Delfeayo Marsalis Jason Marsalis Delbert Felix Victor Atkins Antonio Hart Luques Curtis Bill Charlap Ravi Coltrane Adam Cruz Dave Kikoski Eric Revis Eddie Henderson Walt Weiskopf Dennis Irwin Mark Guiliana Tony Madruga Doug Weiss Montez Coleman Bruce Barth Alex Brown Eric Doob Jeremy Pelt Marshall Gilkes


Uruguay

Ruben Rada Osvaldo Fattoruso Mariana Ingold Gastón Contenti Santiago Gutiérrez Popo Romano Carlos Quintana Héctor Finito Binguerst Mañosa y el Hot Club de Montevideo Federico Righi Ricardo Lacuán José Reinoso José Reinoso Francisco Fattoruso Daniel Lencina Miguel Romano Rodrigo González Pahlen Fabián Pietrafessa Jorge Camiruaga Alberto Magnone Néstor Vas Andrés Ibarburu Martín Ibarburu Jorge Trasante Horacio Diyorio Cachi Baccheta Daniel Maza Pablo Somma Ignacio Labrada Malena Muyala Bernardo Aguerre Nicolás Mora Gustavo Etchenique Sergio Fernández Cabrera Martín Muguerza Beledo Gerardo Alonso Rodolfo Schuster Rodrigo De La Cruz Daniel Romanelli Nelson Varela Christian López Juan Rodríguez

Argentina Argentine

Jorge Navarro Baby López Furst Luis Salinas Darío Eskenzi Juan Cruz de Urquiza Diego Urcola Jaime Torres Fat Fernández Oscar Feldman Pablo Ziegles Horacio Hurtado Horacio López Enrique Sinesi Walther Castro Ricardo Cavalli Horacio Fumero Fernando Martínez Jazz Ensamble Big Band Hernán Romero Mario Gusso Juan D’argenton Pepe Luna Willy González Juan Raffo Mariano Otero Francisco Lo Vuolo Marcelo Torres Gustavo Cámara Abel Rogantini Diego Alejandro Roxana Amed Alejandro Ridilenir Claudio Luliano Fernando Galimany Mauricio Percan Juan Carlos Cirigliano Jorge "Negro" González"Junior" Cesari Daniel “Pipi” Piazzolla Guillermo Delgado Gerardo Gandini Facundo Bergalli María Volonté Andrés Boiarsky Chango Spasiuk Mariano Sívori Ligia Piro


Colombia
Edmar Castañeda Andrea Tierra

Australia
Barney McAll

Cuba
Paquito D’Rivera Nicolás Reynoso Carlos Emilio Morales Ignacio Berroa Bebo Valdés

Venezuela
Ed Simon

Panamá Panama
Danilo Pérez

Holanda
Pernell Saturnino

México Mexico
Antonio Sánchez

Israel
Alon Yavnai Avishai Cohen Shai Maestro

Perú Perou
Oscar Stagnaro

España Spain
Chano Domínguez Guillermo McGill Javier Colina Blas Córdoba Tomás Moreno Israel Suárez

Puerto Rico Porto Rico
Brenda Feliciano Dave Valentin Ralph Irizarry Miguel Zenón

Suecia Sweden
Karl Martin Almqvist Sebastian Voegler Jonas Östholm

Bélgica Belgium
Toots Thielemans

República Checa Czech Republic
George Mraz

Canadá Canada
Renee Rosnes

Alemania Germany
Johannes Weidenmueller

Italia Italy

Massimo Biolcati Roberta Gambarini

Francia France
Mino Cinelu Manuel Rocheman

Japón Japan
Take Toriyama Tomoko Ohno

Chile Claudia Acuña René Sandoval



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Creador, Productor y Director general
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Tel: + 598 42 23 00 04
Cel: + 598 99 905 748 / + 598 94 430 400
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Uruguay


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Comunicaciones y RRPP
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